Sérgio Aguiar diz que o Brasil passou de receptor a doador de recursos

O deputado Sérgio Aguiar (PSB) afirmou, nesta quinta-feira (09/06), que o Brasil já dá mais ajuda no cenário internacional que recebe. Isso, segundo ele, reflete a economia brasileira que está em franco desenvolvimento, e é também uma busca por uma liderança política no cenário mundial. De acordo com o parlamentar, há um amplo programa de ajuda a outros países em curso.

Entre as formas de ajuda, Sérgio Aguiar explicou que há uma cooperação trilateral, realizada com países do hemisfério norte e sul. Desta forma, o Brasil entra com assistência técnica e outros países com o dinheiro.

Como exemplo citou um projeto em execução, em parceria com o Japão, onde a Empresa Nacional de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) vai atuar buscando desenvolver tecnologias para o desenvolvimento da savana moçambicana, território semelhante ao semiárido nordestino.

Há alguns anos, segundo Sérgio Aguiar, os diplomatas já haviam previsto que o país iria mudar a tendência, passando de receptor a doador de ajuda internacional a países do terceiro mundo. Porém, segundo ele, o Brasil quer atuar em um modelo distinto dos países desenvolvidos, que atualmente vinculam as ajudas a alguma forma de contrapartida.

“O País quer se distanciar deste modelo de ajuda prestado pelos doadores tradicionais, que são também os dominadores. O Brasil presta cooperação sob demanda, sem condicionalidade, dentro da ideia de parceria”. Entre essas ajudas Sérgio Aguiar citou a criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em Redenção, que está recebendo alunos da áfrica lusófona.

Atuando desta forma, o Brasil acaba sendo percebido de forma diferente dos demais países, tradicionais doadores, segundo Sérgio Aguiar. De acordo com o deputado, o Brasil investiu em ajuda cerca de US$ 1,43 bilhão entre 2005 e 2009, demonstrando a inserção, que ainda não se compara aos países desenvolvidos, mas que vem crescendo fortemente, a cada ano.

JS/LF