Edson Silva quer punição para casos de invasão de domicilio
O deputado Edson Silva (PSB) alertou, na sessão plenária desta quinta-feira (08/10), para a impunidade de criminosos em casos de invasão de domicílio. O parlamentar lembrou de dois casos recentes do município de Sobral nos quais ex-detentos pelo Mutirão Carcerário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fizeram famílias de refém, mas acabaram em liberdade.
Em 02 de outubro, dois dias após um ex-presidiário fazer um bebê de refém, um outro ex-detento invadiu uma residência no bairro Sumaré, em Sobral e ameaçou uma mulher e seu filho. A dona de casa e a criança sofreram ameaça com uma faca. Como a arma não foi encontrada, o acusado, capturado uma hora após invadir a casa da família, acabou sendo liberado. Quero protestar por essa liberdade indevida desse bandido de Sobral, disse Edson Silva.
O parlamentar fez um apelo ao secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, Roberto Monteiro, para que cobre dos delegados que conduzam a apuração desses crimes de modo que os suspeitos sejam punidos também pela invasão de domicílio, já que o artigo quinto da Constituição garante a inviolabilidade do lar.
O deputado também criticou as decisões judiciais que acabam beneficiando os criminosos pela natureza leve do crime. De que adianta tanto dinheiro, equipamentos, delegados e viaturas se na hora de prender o bandido temos uma decisão judicial como essa?, questionou. Vejo isso como um estímulo a bandidagem.
O deputado Artur Bruno (PT) criticou o Congresso Nacional que não se movimenta para alterar o Código Penal Brasileiro para que as punições para crimes do tipo sejam mais rigorosas. O petista também disse que o Judiciário tem que ser mais célere. Cada um tem que fazer sua parte e o Congresso não está fazendo a sua, avaliou.
Para o deputado Moésio Loiola (PSDB) falta praticar a legislação. Ele entende que os delegados não realizam as investigações da forma correta, o que provoca a soltura dos suspeitos, por falta de provas. Já o deputado Vasques Landim (PR) ressaltou a visão que a sociedade tem de que a polícia prende e a justiça solta. A impunidade leva a sociedade a fazer essa leitura. Segundo o parlamentar, graças às brechas na lei. Ele também defendeu mudanças no Código Penal.
DA/AF
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