AL homenageia Comissão de Anistia do Ministério da Justiça

A Assembleia Legislativa realizou, nesta segunda-feira (05/10) á noite, uma homenagem à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, pelo trabalho desenvolvido na educação e difusão dos Direitos Humanos. O deputado Rômulo Coelho (PSB) elogiou a Comissão e destacou o trabalho da Caravana da Anistia, que ficará dois dias no Ceará, para julgar processos de cearenses perseguidos pela ditadura militar. “Uma verdadeira Caravana da Liberdade”, definiu.

Rômulo Coelho, que propôs a homenagem, fez um histórico de anistias políticas ocorridas no Brasil desde o período colonial e afirmou: “O golpe militar de 1964 e a repressão atingiram diversos setores e o coração do povo brasileiro”. O parlamentar parabenizou a ação da Comissão de Anistia e ressaltou que a “a homenagem é uma demonstração de gratidão do Legislativo Cearense a todos que lutaram e lutam por um Brasil melhor”.

O presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão Pires Junior, agradeceu a “homenagem do povo cearense, através dos seus representantes na Casa do Povo”. Ele destacou que “a homenagem deve ser dirigida aos conselheiros e funcionários da comissão e a todos que se engajaram à missão de garantir a reparação aos perseguidos políticos”.

Paulo Abrão falou sobre o trabalho da Comissão, agradeceu o empenho do ministro Tarso Genro e informou que nesta semana foi atingida a marca de 65 mil requerimentos de anistia política. Ele e falou ainda que a Comissão tem encontrado obstáculos e oposição de setores retrógrados e ressaltou: “Enquanto o último perseguido político não for reconhecido e indenizado não poderemos dizer que a democracia está consolidada no Brasil”.

Também participaram do evento o presidente da Comissão, deputado Heitor Férrer (PDT), o deputado Lula Morais; o senador Inácio Arruda e o deputado Federal Chico Lopes (todos do PCdoB); o presidente da Associação 64/68 Anistia, Mário Albuquerque; o superintendente do Ministério do Trabalho no Ceará, Papito Oliveira; o diretor da Guarda Municipal de Fortaleza, Arimá Rocha; o presidente do PCdoB no Ceará, Carlos Augusto Diógenes, e ainda diversos anistiados.

CV